Políticas editoriais

Etapas do processo editorial

O processo editorial segue as seguintes etapas:

  • Análise preliminar: Verificação do enquadramento do trabalho no âmbito da revista e nas instruções aos autores. Submissões em desacordo serão recusadas.
  • Revisão por pares aberta: Avaliação por, no mínimo, dois revisores. Em caso de pareceres divergentes, um terceiro revisor será indicado.
  • Edição e ajustes: A equipa editorial poderá propor ajustes em diálogo com os autores, incluindo aspectos formais e de conteúdo.
  • Publicação contínua: Os artigos aceites serão publicados de forma contínua no volume anual da revista.

Política de avaliação por pares

  • Política de avaliação dos manuscritos

Antes da avaliação por pares, é realizada uma análise preliminar de conformidade para verificar o enquadramento do trabalho no âmbito da revista e nas diretrizes para autores. 

Nessa etapa, caso o conteúdo do manuscrito tenha qualidade mas não se enquadre no escopo temático da Ciência Aberta Lusófona, os autores são notificados e convidados a submetê-lo a outro evento/revista, mais alinhado à temática abordada.

Passando pela análise preliminar de conformidade, o manuscrito segue à revisão por pares aberta, com identidades dos autores e revisores reveladas. Os pareceres são publicados juntamente aos artigos como documentos suplementares. Este procedimento, adotado na ConfOA, terá de ser também adotado pelos eventos e iniciativas que pretendam publicar os seus trabalhos na Ciência Aberta Lusófona.

Cada trabalho terá de ser  avaliado por, no mínimo, dois revisores, indicados pela equipa editorial. No caso de outros eventos e iniciativas, os revisores serão selecionados pelas respectivas Comissões Organizadoras ou Científicas. A escolha dos revisores deverá assegurar a inexistência de conflitos de interesse, pelo que não serão indicados revisores vinculados à instituição dos autores.

Em caso de pareceres divergentes, um terceiro avaliador será convidado a emitir um parecer adicional, permitindo uma decisão editorial mais equilibrada.

Os revisores por pares são obrigados a considerar a Declaração de disponibilidade de dados do manuscrito, e a verificar os dados que suportam os resultados.

Os revisores devem considerar se os autores cumpriram a política da revista sobre a disponibilidade de dados de investigação, e se foram feitos esforços razoáveis para disponibilizar os dados que apoiam os resultados do estudo para replicação ou reutilização por outros investigadores.

Após o processo de avaliação, a equipa editorial da Ciência Aberta Lusófona, no caso dos trabalhos submetidos à ConfOA, ou a respetiva Comissão Científica ou Organizadora do evento, tomará uma das seguintes decisões sobre as propostas submetidas:

  • Aceite: o trabalho  é aprovado para publicação 
  • Aceite com correções: o trabalho  é considerado publicável, desde que os autores realizem ajustes pontuais conforme as recomendações dos revisores. 
  • Rejeitado: o trabalho não está de acordo com os critérios científicos, editoriais ou éticos da revista, ou apresenta limitações significativas que comprometem sua publicação. A decisão é definitiva e a submissão é automaticamente arquivada.
  • Critérios de avaliação dos manuscritos

Os manuscritos submetidos à Ciência Aberta Lusófona são avaliados segundo os seguintes critérios:

  • Relevância (20%): Enquadramento do trabalho nos temas definidos para a Ciência Aberta Lusófona e para as competências do público-alvo. Devem privilegiar-se os trabalhos que abordem aspectos centrais dos temas identificados na chamada de trabalhos
  • Redação e organização do trabalho (15%): Estrutura, organização, referências bibliográficas (referenciação obrigatória) e qualidade da redação  para uma correta e fácil compreensão do trabalho apresentado.
  • Atualidade e originalidade do trabalho (25%): Atualidade, singularidade e novidade do trabalho apresentado. Devem privilegiar-se os trabalhos originais, que abordem aspetos inovadores ou questões com grande atualidade. Trabalhos que relatem experiências similares ou iguais às já repetidamente reportadas em conferências anteriores deverão obter menor pontuação neste critério.
  • Avaliação geral (40%): Indicação da opinião global sobre o trabalho, sobre a opinião do avaliador quanto à sua aceitação na Ciência Aberta Lusófona. Por regra, devem privilegiar-se os trabalhos de investigação sobre aspectos gerais/generalizáveis ou universos diversos, em detrimento dos relatos de experiência exclusivamente “locais” (uma instituição, uma revista, um repositório, etc.) que não serão aceites para apresentação como comunicação. Pretende-se que sejam valorizados e exibidos trabalhos que representem um acréscimo de conhecimento sobre a problemática do Acesso Aberto e da Ciência Aberta, com potencial para suscitar a reflexão e a discussão das questões chave relacionadas com este movimento e que possam aportar maior impacto à ConfOA.

Cada critério será pontuado de 0 a 10 e a avaliação final dos trabalhos resultará numa pontuação de 10 a 100, pela aplicação da fórmula: Relevância*2+Redação e Organização*1,5+Atualidade e Originalidade*2,5+Avaliação Geral*4

 

Política de preprints

São aceites trabalhos previamente disponibilizados como preprints em servidores de preprints ou repositórios. É obrigatória a informação do DOI ou link do preprint no momento da submissão.

Além disso, os trabalhos submetidos serão publicados na sua versão original, como preprint, logo após a análise preliminar pela equipa editorial, desde que estejam adequados para seguir para revisão por pares.

Política de autoarquivo em repositórios digitais

Os autores têm permissão e são incentivados a publicar e distribuir todas as versões do seu trabalho online (ex.: repositórios institucionais ou páginas pessoais). A revista defende e interopera com a via verde do acesso aberto, detendo apenas o direito à primeira publicação.

Política de uso de inteligência artificial

Os autores devem declarar qualquer uso de ferramentas de inteligência artificial na redação, tradução, revisão ou análise de dados do trabalho submetido. A responsabilidade sobre os conteúdos gerados por IA é inteiramente dos autores.

Ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT não podem ser identificadas como autores, já que não sendo entidades legais, não podem afirmar a presença ou ausência de conflitos de interesse nem estabelecer acordos de direitos de autor e licenças, conforme pode ser verificado no COPE’s position statement on Authorship and AI tools.

Os(as) autores(as) estão expressamente proibidos de utilizar ferramentas de inteligência artificial generativa (GenAI) para as seguintes finalidades:

a) Produzir, modificar ou adulterar dados e resultados de investigações originais;
b) Atribuir autoria de artigos à inteligência artificial generativa (GenAI);
c) Inserir fontes e referências no artigo com recurso a GenAI.

Política de preservação digital

Esta revista encontra-se digitalmente preservada através do serviço do Public Knowledge Project (PKP PN).

Política de gestão e avaliação de dados de investigação

  • Abrangência

Aplica-se a todos os dados de investigação utilizados para verificar os resultados dos manuscritos publicados, sejam primários (produzidos pelos autores) ou secundários (de terceiros).

  • Definição dos dados de investigação

A política aplica-se aos dados de investigação necessários para verificar os resultados da investigação relatados nos artigos publicados. 

Os dados da investigação incluem dados produzidos pelos autores (dados primários) e dados de outras fontes que são analisados pelos autores (dados secundários). 

Os dados de investigação incluem qualquer material que seja utilizado para produzir os resultados de investigação em formato digital e não digital. Isto inclui dados tabulares, código, imagens, áudio, documentos, vídeo, mapas, dados brutos e/ou processados.

  • Depósito obrigatório

Todos os dados subjacentes aos artigos submetidos à Ciência Aberta Lusófona devem ser depositados, antes da submissão para avaliação, em repositórios confiáveis que atribuam identificadores persistentes (como DOI ou Handle) aos conjuntos de dados.

Para encontrar um repositório adequado, recomenda-se a consulta ao diretório internacional re3data.org, que reúne informações sobre repositórios de dados confiáveis em diversas áreas do conhecimento e países.

Os autores devem, preferencialmente, utilizar o Repositório institucional de dados da sua própria instituição, caso este exista e atenda aos critérios de confiabilidade e atribuição de identificadores persistentes.

Caso não haja repositório institucional disponível, os autores são convidados a utilizar uma das seguintes opções:

  • Deposita Dados – Repositório do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), preparado para receber conjuntos de dados de investigadores brasileiros e de outros países lusófonos.
  • Zenodo – Repositório generalista mantido pelo CERN e OpenAIRE.
  • Dryad – Repositório dedicado à publicação de dados de investigação científica.
  • Outros repositórios generalistas ou temáticos confiáveis, desde que atribuam identificadores persistentes e garantam a preservação e a acessibilidade dos dados.

O link para o conjunto de dados deve ser incluído no manuscrito submetido, de forma a assegurar a transparência, a reprodutibilidade e a integridade da investigação.

  • Exceções na política
    • Os dados de investigação não são necessários para verificar os resultados publicados.
    • A partilha pública de dados quantitativos ou qualitativos que possam identificar um participante na investigação (“dados pessoais”), a menos que os participantes, o tenham consentido. 
    • Também não é exigida a partilha pública de outros dados sensíveis, tais como a localização de espécies ameaçadas de extinção.
  • Citação dos dados

Os dados depositados devem ser citados na lista de referências com identificadores persistentes (como DOI), conforme as diretrizes do DataCite.

  • Licenciamento dos dados

Recomenda-se o uso de licenças abertas, como a Creative Commons Atribuição (CC-BY) ou Atribuição-NãoComercial (CC-BY-NC), respeitando as políticas dos repositórios utilizados. A revista não reivindica direitos de autor sobre os dados.

  • Declaração de disponibilidade dos dados

Todos os artigos devem incluir uma Declaração de disponibilidade de dados, que pode assumir diferentes formas: 

    • Os dados estão disponíveis em [NOME DO REPOSITÓRIO], [LINK].
    • “Os dados não são públicos por [RAZÃO], mas disponíveis mediante solicitação ao autor correspondente.”
    • “Não se aplica, pois o estudo não gerou dados.”

Política de submissão e publicação de trabalhos de outros eventos científicos lusófonos

A Ciência Aberta Lusófona oferece a possibilidade de trabalhos resultantes de eventos científicos realizados no espaço lusófono (países de língua portuguesa) serem publicados na revista. A revista propõe-se a ser o canal oficial de submissão, avaliação e publicação de artigos apresentados em eventos científicos que não disponham de canais próprios de publicação, sempre que estes estiverem alinhados com os temas centrais da revista, especialmente os relacionados à Ciência Aberta.

Diretrizes para utilização da revista por eventos lusófonos:

  • Proposta de parceria

A comissão organizadora do evento deve enviar uma proposta formal à equipa editorial da revista, com antecedência mínima de três meses antes da realização do evento, contendo as seguintes informações:

    • Nome do evento
    • Instituição organizadora
    • Data e local do evento
    • Temática geral e eixos temáticos abordados
    • Proposta de cronograma editorial (desde a submissão até à publicação)
    • Nome e contato da pessoa responsável pela interlocução com a revista

Processo Editorial

    • Todos os artigos submetidos no âmbito de eventos parceiros passarão pelo processo editorial padrão da revista, que inclui análise preliminar pela equipa editorial e avaliação aberta por pares (open peer review).
    • A comissão organizadora do evento deverá indicar os nomes dos membros da comissão científica específica responsável pela avaliação dos trabalhos submetidos àquela edição do evento.
    • Os avaliadores indicados devem ter vínculo institucional e atuação compatível com as temáticas abordadas, garantindo a qualidade e a integridade científica do processo editorial.
    • A equipa editorial da revista supervisionará todas as etapas do processo, assegurando que as diretrizes editoriais e éticas da publicação sejam plenamente observadas.

Submissão e publicação dos trabalhos

    • Os autores devem submeter os seus artigos diretamente no sistema da revista, conforme as normas editoriais vigentes.
    • Cada evento parceiro contará com um template específico para submissão, desenvolvido em conjunto com a comissão organizadora e adaptado ao layout oficial da revista, respeitando a identidade visual da revista e as particularidades do evento;
    • A apresentação dos artigos no evento estará condicionada à aprovação no processo editorial da revista
    • Após a aprovação, os artigos aprovados serão identificados como parte do respectivo evento e apresentados durante sua realização.
    • Os artigos aprovados serão publicados num número especial da revista dedicado exclusivamente ao evento.
    • Será de responsabilidade da comissão organizadora do evento todo o processo de revisão, normalização e diagramação dos trabalhos aprovados.