Gestão do conhecimento tradicional e a ancestral oralidade indígena: estudo de caso do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.82524/recal.2025.36

Palavras-chave:

Gestão do conhecimento indígena, Literatura indígena, Modelagem conceitual, Princípios FAIR, Princípios CARE

Resumo

O presente estudo conceitua elementos fundamentais, tais como Literatura Indígena, Conhecimento Tradicional e Modelagem Conceitual, articulados aos príncipios FAIR e CARE, para o desenvolvimento e a criação de uma Biblioteca Digital da Literatura Indígena para crianças e jovensno contexto do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas (NEArln) do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (Inbrapi). Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, que se configura como um desdobramento do Projeto Ciência Aberta e Gestão do Conhecimento Tradicional e Científico: estudo de caso do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás, que busca recuperar e sistematizar o conhecimento tradicional e científico gerado pelo Núcleo Takinahaky a partir de um protocolo de gestão de dados e informações utilizando-se de tecnologias inovadoras relativas ao compartilhamento de dados, além de ferramentas de rastreabilidade. Concluímos que os princípios norteadores de uma pesquisa evolvendo comunidades indígenas e que buscam “extrair” e registrar os “modos de conhecer” o que por eles é criado e produzido, não podem negar a existência de sua cultura e da nação daqueles povos. Afinal, a coleta, classificação e registro de diversas formas de conhecimento a respeito de povos indígenas não devem colonizá-los novamente.

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Publicado

09-12-2025

Declaração de Disponibilidade de Dados Científicos

A presente pesquisa não gerou dados de investigação. 

Como Citar

Castro, M. das G. M., Oliveira, C., Silva , F. C. C. da, Rezende, L. V. R., & Ribeiro, G. M. de C. (2025). Gestão do conhecimento tradicional e a ancestral oralidade indígena: estudo de caso do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas. Revista Ciência Aberta Lusófona, 1. https://doi.org/10.82524/recal.2025.36

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