Gestão do conhecimento tradicional e a ancestral oralidade indígena: estudo de caso do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas
DOI:
https://doi.org/10.82524/recal.2025.36Palavras-chave:
Gestão do conhecimento indígena, Literatura indígena, Modelagem conceitual, Princípios FAIR, Princípios CAREResumo
O presente estudo conceitua elementos fundamentais, tais como Literatura Indígena, Conhecimento Tradicional e Modelagem Conceitual, articulados aos príncipios FAIR e CARE, para o desenvolvimento e a criação de uma Biblioteca Digital da Literatura Indígena para crianças e jovensno contexto do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas (NEArln) do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (Inbrapi). Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, que se configura como um desdobramento do Projeto Ciência Aberta e Gestão do Conhecimento Tradicional e Científico: estudo de caso do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás, que busca recuperar e sistematizar o conhecimento tradicional e científico gerado pelo Núcleo Takinahaky a partir de um protocolo de gestão de dados e informações utilizando-se de tecnologias inovadoras relativas ao compartilhamento de dados, além de ferramentas de rastreabilidade. Concluímos que os princípios norteadores de uma pesquisa evolvendo comunidades indígenas e que buscam “extrair” e registrar os “modos de conhecer” o que por eles é criado e produzido, não podem negar a existência de sua cultura e da nação daqueles povos. Afinal, a coleta, classificação e registro de diversas formas de conhecimento a respeito de povos indígenas não devem colonizá-los novamente.
Downloads
Referências
Albornoz, D., Clark, M., Gray, E., & Mboa Nkoudou, T. H. (2019). Principles for inclusive open science: The OCSDNet Manifesto (Cap. 2, pp. 23–52). In L. Chan, R. Okune, R. Sambuli, & T. H. Mboa Nkoudou (Orgs.), Contextualizing openness: Situating open science. University of Ottawa Press. https://www.idrc.ca/en/book/contextualizing-openness-situating-open-science
Carroll, S. R., Garba, I., Figueroa-Rodríguez, O. L., Holbrook, J., Lovett, R., Materechera, S., ... Hudson, M. (2021). Operationalizing the CARE and FAIR principles for Indigenous data futures. Scientific Data, 8(1), 108. https://doi.org/10.1038/s41597-021-00892-0
Dorrico, J. (2018). Vozes da literatura indígena brasileira contemporânea: Do registro etnográfico à criação literária. In J. Dorrico, L. F. Danner, H. H. S. Correia, & F. Danner (Orgs.), Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção (pp. 227–255). Editora Fi.
Frade, I. C. A. da S., Val, M. da G. C., & Bregunci, M. das G. de C. (Orgs.). (2014). Glossário Ceale: Termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores. UFMG/Faculdade de Educação. https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale
GO FAIR. (n.d.). FAIR principles. https://www.go-fair.org/fair-principles/
Instituto Escolhas. (2023). Monitoramento do uso dos conhecimentos tradicionais: Como o Brasil pode avançar nessa agenda? (Sumário executivo). https://escolhas.org/wp-content/uploads/2023/10/Sumario-CTA.pdf
Kambeba, M. W. (2018). [Trecho]. In J. Dorrico, L. F. Danner, H. H. S. Correia, & F. Danner (Orgs.), Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção (pp. 40–44). Editora Fi.
Krenak, A. (2018). Retomar a história, atualizar a memória, continuar a luta. In J. Dorrico, L. F. Danner, H. H. S. Correia, & F. Danner (Orgs.), Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção (pp. 28–35). Editora Fi.
Lima, A. (2012). O livro indígena e suas múltiplas grafias [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais]. http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/eventos/vivavoz/o_livro_indigena_e_suas_multiplas_grafias.pdf
Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual. (2004, janeiro 28). Nota Técnica 002/INBRAPI/Direção Executiva: Recomendações indígenas para a VII Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/l8d00034.pdf
Munduruku, D. (2013). Encontros de escritores e artistas indígenas: Relatório de atividades. DM Projetos Especiais.
Munduruku, D. (2018). Escrita indígena: Registro, oralidade e literatura. In J. Dorrico, L. F. Danner, H. H. S. Correia, & F. Danner (Orgs.), Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção (pp. 81–83). Editora Fi.
Organização das Nações Unidas. (2008). Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. UNIC.
Rezende, L. V. R. (2024). Ciência aberta e gestão do conhecimento tradicional e científico: Estudo de caso do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás [Projeto de pesquisa aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG)]. Universidade Federal de Goiás.
Sabatier, P. A. (1986). Top-down and bottom-up approaches to implementation research: A critical analysis and suggested synthesis. Journal of Public Policy, 6(1), 21–48. https://www.jstor.org/stable/3998354
Souza, E. R. de. (2018). Literatura indígena e direitos autorais. In J. Dorrico, L. F. Danner, H. H. S. Correia, & F. Danner (Orgs.), Literatura indígena brasileira contemporânea: Criação, crítica e recepção (pp. 51–74). Editora Fi.
Svenonius, E. (2000). The intellectual foundation of information organization. MIT Press.
Yin, R. K. (2003). Case study research: Design and methods (3rd ed.). Sage.
Downloads
Publicado
Declaração de Disponibilidade de Dados Científicos
A presente pesquisa não gerou dados de investigação.
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Maria das Graças Monteiro Castro, Cássia Oliveira, Fabiano Couto Corrêa da Silva , Laura Vilela Rodrigues Rezende, Geisa Muller de Campos Ribeiro (Autor)

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
